sábado, 26 de novembro de 2011

RELATÓRIO DE APLICAÇÃO DE UM PLANO DE AULA DE HISTÓRIA


Introdução
Este relatório foi solicitado pelo professor Ricardo Pacheco, que ministra a disciplina Metodologia do Ensino de História II, do curso de Pedagogia da Universidade Federal Rural de Pernambuco. O principal objetivo desse relatório é relatar e refletir acerca da aplicação de um plano de aula de História, que foi aplicado numa turma do 5° ano de uma escola pública do município de Paudalho, que fica localizado na zona da mata de Pernambuco.

A metodologia utilizada por mim foi a de Educação Patrimonial, o plano de aula teve como tema “O engenho e sua culturaO mesmo, teve duração em três dias, sendo que duas aulas foram em sala de aula e uma no engenho. O plano teve como principal objetivo, resgatar a história dos engenhos na cidade e valorizá-lo como um importante patrimônio cultural.
Método e técnica
Na primeira aula apresentei o tema para os alunos e procurei explorar os conhecimentos prévios dos mesmos com perguntas relacionadas aos engenhos partindo do contexto local para o global. A partir desse momento, iniciamos uma discussão que foi mediada por mim, a fim de contribuir para a construção dos conhecimentos dos alunos.
Ainda nesse momento, perguntei aos alunos se eles estariam interessados em conhecer um engenho, a fim de conhecer e observar sua estrutura. Após a confirmação dos alunos, sugerir que os mesmos levassem câmeras fotográficas para registrar nossa visita.
A segunda aula aconteceu no engenho que fica relativamente próximo a escola. Chegando ao engenho, solicitei que os alunos observassem com atenção as características do engenho, e que os alunos que levaram câmeras registrassem a casa grande, a casa de farinha, à plantação de hortaliças e cana de açúcar.
Após os registros, os proprietários conversaram com os alunos e responderam algumas perguntas que os mesmos fizeram espontaneamente, em relação ao engenho no passado. É válido ressaltar, que os alunos mostram-se muito interessados durante todo momento da visita.
Na terceira aula os alunos foram convidados a relatarem oralmente suas experiências e descobertas sobre a visita., a fim de sistematizar o conhecimento construído, solicitei que os discentes, escrevessem um texto argumentativo acerca da importância de valorizar e reconhecer o engenho como parte da história do município.
Por fim, cada um socializou seu texto para toda turma. E posteriormente, colocamos todas as fotos da visita ao engenho no mural da sala e assistimos ao vídeo que foi feito por nós.

Resultados e discussão
A escolha dessa metodologia partiu de uma questão pessoal, pois moro na cidade de Paudalho que é uma cidade que possui vários patrimônios históricos, No entanto, a maioria de seus habitantes não tem consciência disso. Por isso, senti a necessidade de abordar a Educação Patrimonial.
Conforme Horta (1999) o trabalho com Educação Patrimonial busca levar as crianças e adultos a um processo ativo de conhecimento, apropriação e valorização de sua herança cultural, capacitando-os para um melhor usufruto desses bens, e propiciando a geração e a produção de novos conhecimentos, num processo contínuo de criação cultural.
No primeiro dia, ao explorar os conhecimentos prévios dos alunos, confirmei minhas suspeitas, ou seja, apesar de morarem numa cidade onde o engenho se faz presente na história da cidade e na memória da maioria de seus habitantes, os alunos nem si quer sabiam com exatidão o conceito de engenho e que no município havia muitos. Na verdade mostraram-se confusos, porém, a partir da nossa discussão, os alunos foram refletindo e se colocando em relação aos engenhos, se mostrando interessados, curiosos e críticos em relação ao tema.
Segundo Horta (1999) o patrimônio histórico e o meio ambiente em que está inserido oferecem oportunidades de provocar nos alunos sentimentos de surpresa e curiosidade, levando-os a querer conhecer mais sobre eles. Nesse sentido podemos falar na “necessidade do passado”, para compreendermos melhor o “presente” e projetarmos o “futuro”.
Percebi que em cada etapa do plano, os alunos se apropriavam conscientemente do conceito de engenho e da sua importância. Cabe salientar aqui, que o momento mais interessante foi o contato direto com o objeto cultural, esse foi de suma importância para que os discentes o valorizassem e compreendessem sua importância do contexto histórico em que surgiram os engenhos e para o contexto atual.
Em suma, acredito que o plano de aula alcançou os objetivos propostos, pois verifiquei que os alunos se apropriaram conscientemente do objeto cultural e passaram a valorizá-lo. É válido ressaltar, que não houve nenhuma dificuldade de em aplicar o plano de aula.  

REFERÊNCIAS
HORTA, M. L.; GRUNBERG, E.; MONTEIRO, A. Q. Guia Básico de Educação Patrimonial. Brasil: IPHAN, Museu Imperial. 1999.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Plano de Aula de História

Autoria: Carla Barbosa
Tema: O engenho e sua cultura.
Público alvo: 5° ano
Tempo estimado: Três aulas
Conteúdos: Cultura, temporalidade, engenho
Objetivo geral: Resgatar a história dos engenhos da cidade e valorizá-lo como um importante patrimônio cultural.
Objetivos específicos:
ü  Descrever as características físicas do Engenho;
ü  Pesquisar como era o modo de vida num engenho;
ü  Conhecer as técnicas de produção artesanal da farinha de mandioca;
ü  Relatar como se dá o processo de fabricação de farinha;
ü  Observar a arquitetura da casa grande.
ü  Registrar o cultivo de cana de açúcar e de mandioca do local.
OBS: Um dos donos do engenho, ou seja, um herdeiro encontrava-se no local.

Procedimentos:
Primeira aula:
No primeiro momento da aula será, sobretudo, para explorar os conhecimentos prévios dos alunos, sobre os engenhos no município de Paudalho. Para tal, serão colocadas algumas perguntas que servirá para orientar a discussão.
·        Quem já teve oportunidade de conhecer um engenho?
·        Em que época era comum morar em engenhos?
·        A que classe social, pertencia às pessoas que eram proprietárias de engenhos?
·        Onde se localizam os principais engenhos do município?
·        Quais eram as principais atividades econômicas desenvolvidas nos engenhos?
Após a discussão que será mediada pelo professor, solicitar uma pesquisa aos alunos, sobre os engenhos no município, para ser entregue no próximo encontro. Em seguida combinar com os alunos uma visita a um engenho, levando em consideração sua localização e o seu estado de conservação.
Segunda aula:
Após ter programado, escolhido o engenho e agendado a visita, ir com os alunos até o engenho munidos de câmeras fotográficas ou filmadoras. Chegando lá, os alunos serão convidados a observarem o engenho como um todo (a casa grande, à plantação de hortaliças e cana de açúcar, a casa de farinha) e registrarem tudo através de câmeras fotográficas. Será relevante também, conversar com o proprietário sobre o modo de vida no engenho no passado.
Terceira aula:
Após a visita, os alunos serão convidados a relatar suas impressões e descobertas sobre a visita ao engenho, a discussão será mediada pelo professor. Em seguida, solicitar aos alunos um texto argumentativo, onde os mesmos irão discorrer sobre a importância de conhecer um engenho do início do séc. XX
OBS: Os alunos dessa turma são alfabetizados, e são acostumados a redigir esse tipo de texto.
Posteriormente, montar um mural com as fotos tiradas na visita ao engenho para ficar exposto na sala, posteriormente será exibido o vídeo com imagens da visita.

domingo, 2 de outubro de 2011

Redescobrindo o Alto do Moura

Plano de aula de História
Púlblico alvo: 5° ano
Conteúdos: Artesanato, cultura popular
Objetivo geral: Reconhecer o artesanato de barro do Alto do Moura, como cultura popular nordestina e valorizar sua importância enquanto objeto cultural.
Objetivos específicos:
ü  Descrever as características  físicas do Alto do Moura;
ü  Valorizar a cultura do artesanato de barro;
ü  Identificar as técnicas de produção do artesanato;
ü  Relatar como os artesãos se organizam;
ü  Observar a dinâmica do local.
Procedimentos:
1° Momento:
Conversa prévia sobre o Alto do Moura, a fim de explorar os conhecimentos prévios dos alunos, acerca da sua localização, atividade econômica e sobre mestre Vitalino, mais ilustre e renomado artesão caruaruense, que viveu e produziu no Alto do Moura. Em seguida,  programar uma visita ao local.
2° Momento:
Após ter programado e agendado a viagem, ir com a turma até o Alto do Moura (Caruaru) munidos de câmeras fotográficas ou filmadoras e um questionário composto pelas seguintes perguntas:
1° Como se deu o processo de povoamento do Alto Moura?
2° As técnicas utilizadas para fabricação do artesanato, sofreu algum tipo de influência? Qual?
3° Como a comercialização do artesanato tornou-se uma atividade lucrativa para comunidade?
4° Em que se baseam as criações dos artesãos?
5° O que mestre Vitalino representa para esta comunidade?
3° Momento:
 Nesse momento, os alunos serão convidados a registrarem através de câmeras fotográficas ou filmadoras as moradias da localidade, os ateliês dos artesãos,  inclusive a Casa Museu Mestre Vitalino, com o objetivo de registrar como se dá o processo de produção de cerâmica de barro e fazer  as perguntas para os mesmos, ou até mesmo, adquirir  artesanatos se  caso  preferir.
4° Momento:
Ao retornarem à escola, os alunos serão convidados a relatar suas impressões e descobertas sobre a visita ao Alto do Moura, a discussão  será mediada pelo professor. Em seguida, os alunos deverão socializar o que registraram durante a visita.
5° Momento:
 Fazer uma exposição com todo material coletado na visita ao Alto do Moura ( fotos, artesanatos, projeção de imagens...)  a fim de socializar com toda comunidade escolar  a experiência vivenciada pela turma.

sábado, 10 de setembro de 2011

Análise de linha do tempo

Objetivo
- Desenvolver noções de duração e simultaneidade e comparar linhas do tempo.

Material necessário
Linhas do tempo:
Opção 1 (item "Linha do Tempo Brasil")
Opção 2

Flexibilização
As informações da linha do tempo devem ser disponibilizadas em braile para o aluno com deficiência visual. Explique antecipadamente o que é uma linha do tempo e para que serve. A turma pode construir uma grande sequência, desde que os registros sejam táteis. Uma sugestão é utilizar fios de lã, por exemplo. Isso ajuda a criança a compreender a noção de cronologia. Os registros devem ser feitos em braile e com letras grandes, para crianças com baixa visão.

Desenvolvimento
Providencie cópias das linhas para as crianças. Peça que, reunidas em duplas, observem como cada uma apresenta os dados (os nomes dos períodos da história do Brasil, o ano inicial e final de cada um deles e os símbolos que os representam). Socialize as informações encontradas e questione por que as linhas são diferentes. É esperado que todos notem que cada uma apresenta um período histórico e um recorte histórico próprios.

Avaliação
Observe se os alunos percebem as várias possibilidades de periodizar a história do Brasil e se notam que, mesmo representados de maneiras diferentes, alguns tópicos falam dos mesmos eventos.

http://revistaescola.abril.com.br/historia/fundamentos/analise-linha-tempo-611931.shtml